Exploração da caverna da Tara |
Concreções calcárias na caverna de Arcóia |
O estudo científico destas cavidades, cuja formação está associada aos processos de drenagem das antigas massas de gelo, começou em
tempos muito recentes. Algumas delas foram descobertas em 1993 e
2007. Na publicação catalogam-se os diversos tipos de espeleotemas que os espeleólogos e geólogos puderam observar neste conjunto de grutas: estalactites, estalagmites, antiestalagmites, helictites, escorrimentos, gours, calcitas flutuantes, coralóides...
Estalagmite de Arcóia (seção) |
O Instituto de Geologia Isidro Parga Pondal, em colaboração com a universidade estadunidense da Geórgia,
está a utilizar estalagmites extraídas da caverna de Arcóia em um
projeto de investigação cujo fim é obter um registo dos
climas pré-históricos das montahas da Galiza. Essa informação consegue-se analisando os isótopos de carbono e oxigênio que ficam encerrados no interior destes espeleotemas durante o seu lento processo de
formação. Com esta técnica é possível determinar as condições de umidade e temperatura que se davam na região há milhares de anos. Em
uma primeira tentativa obteve-se uma sequência de dados climáticos que se
estende desde há 14.000 anos —por finais da última glaciação— até à época atual. Agora estão a realizar-se análises com um
fragmento de uma estalagmite de maior tamanho, e portanto muito mais
antiga, das quais se pretende extrair dados dos últimos 235.000 anos. Os pesquisadores já identificaram nesta estalagmite as pegadas de
sete etapas bioclimáticas diferentes.
As geleiras pré-históricas deixaram muitas outras pegadas na Serra do Courel, como a lagoa de Lucenza, situada 1.400 metros acima do nível do mar.