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quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Castro de Arxeriz, un poblado de la Edad del Hierro en la Ribeira Sacra (Galicia)



El castro domina el Cabo do Mundo, un meandro del río Miño (Foto C. Rueda)

  En agosto de 2013 empezó la primera campaña de excavaciones arqueológicas en el castro de Arxeriz, un poblado protohistórico situado en el municipio de O Saviñao, en la provincia gallega de Lugo. El castro se halla en un terreno perteneciente al Ecomuseo de Arxeriz, creado y gestionado por la Fundación Xosé Soto de Fión, una entidad privada cuyo objetivo es estudiar, conservar y difundir el patrimonio etnográfico, histórico y arqueológico de la Ribeira Sacra. El antiguo asentamiento fue construido sobre un promontorio situado en el borde superior del valle del río Miño, a una altura de cerca de quinientos metros sobre el nivel del mar.

Restos de construcciones del castro (Foto Carlos Rueda)
 En las dos campañas arqueológicas realizadas ahora en el castro fueron puestos al descubierto los restos de diversas construcciones. Entre ellas hay varias viviendas y lo que se supone que es un depósito de cereales. En las excavaciones se encontraron también numerosos fragmentos de cerámica, algunas piezas de orfebrería y utensilios de piedra (molinos de mano, bruñidores, piedras de afilar y fusayolas). Los investigadores identificaron dos niveles arqueológicos distintos, correspondientes a diferentes ocupaciones que fueron datadas provisionalmente entre el siglo IV y el siglo I a.d.C. Hasta el momento no se descubrió ningún elemento arqueológico relacionado con la cultura romana, por lo que se cree que el poblado pudo haber sido abandonado ya antes de la romanización del noroeste ibérico.
 
Vista exterior de la croa o recinto central del castro (Foto Carlos Rueda)

 Los vestigios de estructuras constructivas desenterrados en las excavaciones fueron consolidados para garantizar su conservación. Los responsables del Ecomuseo de Arxeriz ya abrieron el yacimiento arqueológico a las visitas turísticas. Su intención es mostrar a los visitantes todos los restos de las antiguas edificaciones del castro a medida que vayan avanzando las excavaciones.


 
Molino de mano encontrado en el castro (Foto Carlos Rueda)
 Los orígenes del castro de Arxeriz se encuadran en la civilización castreña que se desarrolló en el noroeste de la Península Ibérica en la Edad del Hierro, en los siglos que precedieron a la colonización romana. El área de expansión de la cultura castreña abarca principalmente los territorios de Galicia y el norte de Portugal. En el territorio gallego se conocen centenares de asentamientos de esa época, que solo en una pequeña medida fueron objeto de investigaciones arqueológicas. En Galicia son especialmente notables los castros de Santa Trega, Baroña y Viladonga (situado este último junto a un importante museo). En Portugal, donde se conservan muchos monumentos de ese período, es particularmente conocida la citania de Briteiros.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Castro de Arxeriz, uma povoação da Idade do Ferro na Ribeira Sacra (Galiza)

O castro sobranceia o Cabo do Mundo, um meandro do rio Minho (Foto: C. Rueda)
Em agosto de 2013 começou a primeira campanha de escavações arqueológicas no castro de Arxeriz, uma povoação proto-histórica situada no concelho do Savinhão, na província galega de Lugo. O castro encontra-se em um terreno pertencente ao Ecomuseu de Arxeriz, criado e gerido pela Fundação Xosé Soto de Fión, uma entidade privada cujo intuito é estudar, conservar e divulgar o património etnográfico, histórico e arqueológico da Ribeira Sacra. O antigo assentamento foi construído em um promontório situado sobre a borda superior do vale do rio Minho, a uma altura de perto de quinhentos metros acima do nível do mar. 
 
Restos de edificações desenterradas no castro (Foto: Carlos Rueda)

Nas duas campanhas arqueológicas realizadas até agora no castro foram postos ao descoberto os restos de diversas construções. Entre elas há várias vivendas e o que se supõe ser um armazém de cereais. Nas escavações acharam-se também numerosos fragmentos de olaria, algumas peças de ourivesaria e utensílios de pedra (moinhos manuais, brunidores, pedras de amolar e fusaiolas). Os pesquisadores identificaram dois níveis arqueológicos diferentes, correspondentes a distintas ocupações que foram datadas provisoriamente de entre o século IV e o século I a.C. Até hoje não foi descoberto nenhum elemento arqueológico relacionado com a cultura romana, pelo qual se acredita que a povoação pôde ficar abandonada já antes da romanização do noroeste ibérico. 
 
Vista exterior da croa ou recinto central do castro (Foto: Carlos Rueda)
  
Os vestígios de estruturas construtivas desenterrados nas escavações foram consolidados para garantir a sua conservação. Os responsáveis pelo Ecomuseu de Arxeriz já abriram o sítio arqueológico às visitas turísticas. A sua intenção é mostrar aos visitantes todos os restos das antigas edificações do castro à medida que forem avançando as escavações.



Um moinho manual descoberto no castro (Foto: Carlos Rueda)
 As origens do castro de Arxeriz enquadram-se na civilização castreja que se desenvolveu no noroeste da Península Ibérica na Idade do Ferro, nos séculos que precederam à colonização romana. A área de expansão da cultura castreja abrange principalmente os territórios da Galiza e do norte de Portugal. No território galego conhecem-se centenas de assentamentos dessa época, que só em uma pequena medida foram objecto de pesquisas arqueológicas. Na Galiza são especialmente notáveis os castros de Santa Trega, Baronha e Viladonga (situado junto de um importante museu). Em Portugal, onde se conservam muitos monumentos desse período, é particularmente conhecida a citânia de Briteiros.